terça-feira, 26 de julho de 2011

Tire Suas Duvidas!

É verdade que o bebê sente quando a grávida está estressada ou sofrendo?
Não existem evidências claras de que os bebês sintam as emoções negativas maternas durante a gestação, até porque isso seria muito difícil de comprovar.

O que sabemos concretamente é que, em situações de estresse, a grávida libera uma grande quantidade de adrenalina no sangue, e o coração dela bate mais rápido. Quando isso ocorre, a frequência cardíaca do bebê também sobe, mas isso não parece levar a outras repercussões negativas no feto.

De toda maneira, se você está muito nervosa ou triste, converse com seu médico, com amigos e parentes em quem possa confiar.

É verdade que grávida tem que comer por dois?
Não, mulheres grávidas não podem cair na tentação de comer por dois, salvo em raríssimos casos em que há ordens médicas específicas, como em gestações de jovens com bem menos que 20 anos, que ainda estão em fase de crescimento.

Durante a gravidez, o corpo torna-se mais eficiente na absorção de nutrientes, por isso ao dobrar a quantidade de comida você não está aumentando as chances de ter um bebê saudável, e sim de ganhar peso excessivo e muitas vezes complicar desnecessariamente sua gravidez.

Se você já está com um bom peso, não há necessidade de calorias a mais no primeiro trimestre, e só de um pouco extra no segundo e no terceiro. Se, por um acaso, está acima ou abaixo do peso, precisará receber orientações do seu obstetra ou, quem sabe, de um nutricionista.

Quando bater aquela tentação de comer muito, lembre-se de que você está ingerindo a mais para um bebezinho bem pequeno, e não para outro adulto. Qualidade é muito mais importante do que quantidade!

Como faço para consumir os nutrientes de que preciso sem exagerar na comida?

Veja a seguir algumas sugestões para tirar o melhor proveito dos alimentos no decorrer da sua gravidez:

• Faça um prato variado a fim de consumir todas as proteínas, calorias, carboidratos, gorduras, vitaminas e minerais de que precisa. Mesmo dentro de uma mesma categoria alimentar (como verduras), procure cores, tipos e texturas diferentes.

• Tente diminuir a quantidade dos "extras" que contêm muitas calorias e poucos nutrientes, como refrigerantes, frituras, doces e salgadinhos. Na hora do lanchinho, escolha iogurtes, nozes e castanhas, frutas ou barrinhas de cereais para matar a fome de maneira saudável para você e o bebê.

• Privilegie alimentos na forma mais perto possível de seu estado natural: arroz e pães integrais, frutas frescas, sucos naturais, comida feita em casa etc.

• Tenha cuidado com gordura, óleo e açúcar. Confira nossas dicas para se alimentar bem mesmo em lanchonetes e fast foods.
Como é que o corpo aproveita os alimentos para minhas necessidades e para as do bebê?

Os pesquisadores ainda não sabem direito como ocorre essa divisão de nutrientes, mas sabem que as necessidades do bebê são atendidas pelo que você come e também pelos nutrientes que já estavam armazenados em seus ossos e tecidos antes mesmo da gravidez.

No passado, acreditava-se que o feto era uma espécie de "parasita perfeito" que retirava toda a sua nutrição da mãe, independentemente da boa ou má alimentação dela. Assim, se a dieta era pobre em cálcio, não importava para o bebê, que simplesmente usaria o mineral contido nas reservas dos ossos e dentes da mãe.

Hoje em dia, no entanto, os especialistas acham que é o próprio bebê que sofre se a alimentação da mãe não é adequada, fragilizando a saúde da criança pelo resto da vida.

É verdade que estresse, susto e nervoso podem provocar aborto?
Não há pesquisas que indiquem ligação entre o estresse normal e as frustrações da vida moderna (como uma briga com o chefe ou um péssimo dia no trânsito) a um risco maior de abortos espontâneos.

Da mesma forma, uma reação de surpresa, como por exemplo a um barulho inesperado, também não prejudica o bebê.

Estresse ao extremo pode fazer com que uma mãe acabe perdendo o bebê, mas é preciso que se trate de uma coisa muito séria. Um simples susto para espantar o soluço não vai causar mal nenhum à gravidez.

A maior parte dos abortos espontâneos não tem causa conhecida ou ocorre por um fator além da possibilidade de controle. Acredita-se que de 50% a 70% das perdas que acontecem no primeiro trimestre sejam devido a anormalidades cromossômicas no óvulo fertilizado, ou seja, ele não teria mesmo possibilidade de se desenvolver normalmente.

Mas isso não quer dizer que momentos extremamentes estressantes, como no caso de um divórcio muito feio, uma morte na família ou graves dificuldades financeiras, não possam afetar a saúde do bebê durante a gravidez.

De acordo com um grande estudo dinamarquês de 2008, feito com mais de 19 mil gestantes, mulheres grávidas com alto nível de estresse psicológico apresentaram um risco 80% maior de dar à luz natimortos, comparadas às com nível intermediário de estresse.

Outras pesquisas indicam ainda que estresse excessivo durante a gravidez pode levar a partos prematuros, baixo peso do bebê ao nascer e até asma e alergias no futuro da criança. 

É verdade que barulhos muito altos na gravidez prejudicam o bebê?
Na realidade, ainda não se sabe ao certo se barulho demais pode ou não fazer mal ao bebê lá dentro do útero. Isso acontece porque a audição do bebê fica protegida pelos músculos da barriga da mãe, pela placenta e pelo líquido amniótico. Mas cada bebê é diferente, e os especialistas não determinaram ainda que volume de barulho pode causar problemas, por isso o melhor é não arriscar.

O que se sabe é que na 22a segunda semana de gravidez, a cóclea, órgão que abriga todos os componentes da audição dentro da orelha interna, já está completamente formada. Isso quer dizer que o bebê ouve a mesma coisa que você, mas não no mesmo volume. Os sons e as vozes ficam mais abafados.

Estudos já demonstraram que o líquido amniótico pode amplificar alguns tipos de som, como os muito graves. A voz da mãe também é amplificada em cerca de 5 decibéis.

Um estudo chegou a mostrar que mulheres que trabalhavam oito horas por dia num ambiente de muito barulho (em volumes que exigiam proteção auricular) corriam mais risco de ter bebês com problemas auditivos.

Além disso, é preciso considerar que um barulho muito forte faz com que o organismo da mãe produza hormônios ligados ao estresse, fazendo o coração acelerar, o que não é bom para o bebê.

Por isso, o ideal é não se expor por muito tempo a barulhos muito intensos. Dá para ir de vez em quando a uma balada ou a um show de rock (sentando mais longe da saída do som), ou até pular Carnaval, mas é melhor não exagerar. 

É verdade que grávidas não devem ficar subindo e descendo escadas?
Mulheres com gestações normais, sem motivos para repouso, não têm contra-indicação para subir e descer escadas, desde que não se sintam mal fazendo isso.

É comum grávidas ficarem cansadas, ofegantes ao subir escadas, mas isso não tem nenhuma repercussão para o bebê.

Vale ressaltar que muitas gestantes ficam distraídas, devendo redobrar a atenção para não escorregar nos degraus e com isso se machucar na queda.

Se você está preocupada porque precisa subir e descer escadas no trabalho.

É verdade que mulher grávida não deve carregar peso? 
Gestações sem complicações não costumam apresentar nenhum problema decorrente de um esforço físico como carregar peso.

Para esses casos vale o bom senso -- se carregar peso gera qualquer tipo de desconforto, sendo o mais comum as dores musculares -- a atividade deve ser evitada. Não pelo bebê, que está bem protegido, mas pelo bem-estar da mãe.

Nos casos de gestações com incompetência cervical e gemelares, por exemplo, carregar peso é contra-indicado, pois o aumento da pressão abdominal decorrente deste esforço pode desencadear contrações e levar à dilatação do colo uterino.

Além disso, toda mulher grávida deve ter muito cuidado ao carregar objetos pesados, especialmente à medida que a gestação avança. A cautela se deve ao fato de os ligamentos do corpo ficarem mais soltos e as articulações menos estáveis durante a gravidez, aumentando as chances de uma queda.

Com o crescimento da barriga, o centro de gravidade passa do meio para a frente e há mais pressão sobre a lombar, o que a torna mais vulnerável a uma distensão.

A mudança do centro de gravidade também resulta em perda de equilíbrio. Além de ser prejudicial à mãe, uma queda mais séria pode ser arriscada para o bebê, às vezes levando a partos prematuros ou descolamento da placenta.

É importante prestar atenção à sua postura quando tiver mesmo que segurar algum objeto mais pesado: flexione os joelhos, mantenha as costas eretas, use as pernas em vez de os músculos das costas, carregue o peso perto do corpo e evite ficar virando de um lado para o outro.

Se você está preocupada porque sua atividade profissional exige que pegue muito peso.

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