Com o avanço da gravidez, a regra geral é que você evite qualquer atividade que envolva um risco de queda, ou de você sofrer alguma batida na barriga. As pesquisas são controversas quanto aos efeitos do aumento da temperatura do corpo na gravidez, mas os especialistas preferem adotar a cautela, especialmente no primeiro trimestre.
O mesmo acontece com a elevação dos batimentos cardíacos durante atividades físicas. O limite mais conservador é de 140 batimentos por minuto, mas cada caso deve ser analisado individualmente.
As atividades para as quais há indicações concretas de risco à gravidez são:
• Parques de diversão e parques aquáticos: Movimentos bruscos e paradas súbitas podem prejudicar o bebê, por isso não vá a brinquedos de parques de diversão ou escorregue em tobogãs de parques aquáticos. Esses locais normalmente têm avisos alertando mulheres grávidas.
• Bicicleta: Se você não está acostumada a andar de bicicleta, não experimente agora que está grávida. Para mulheres que andam de bicicleta com frequência, dá para continuar pedalando até o segundo trimestre. Depois disso, o centro de gravidade muda e o equilíbrio vai embora, o que pode causar quedas. A bicicleta ergométrica, porém, está liberada, sempre com moderação, como todos os outros exercícios.
• Esportes de contato: Futebol e basquete são os mais perigosos, porque, além do risco de queda ou de choque com outra jogadora, a bola pode bater na barriga. Antes de praticar qualquer esporte com bola, converse com seu médico.
• Tênis e vôlei: Se você já está acostumada a jogar, pode ser que o médico libere uma partida mais tranquila -- no entanto, só jogue se ele liberar. Mesmo assim, é preciso prestar atenção, porque a falta de equilíbrio torna mais fácil tropeçar ou simplesmente não conseguir parar ao buscar uma bola. Além disso, há o risco de impacto da bola com a barriga.
• Esqui e patinação: O risco de queda aumenta muito conforme a barriga cresce, por isso a maioria dos especialistas é contra essas modalidades na gravidez, a não ser quando se trata de uma mulher muito experiente na atividade. Mesmo se for esse o caso, a descida livre no esqui é vetada em qualquer momento da gestação. O mesmo vale para o esqui aquático.
• Ginástica olímpica: A falta de equilíbrio predispõe a mulher a quedas e a traumas na barriga.
• Andar a cavalo: Mesmo que você seja uma excelente amazona, não vale a pena correr o risco de sofrer uma queda, coisa que pode acontecer com os melhores cavaleiros. Além disso, pode haver algum outro problema por mera coincidência, como um pequeno sangramento vaginal, e aí é provável que você acabe ficando toda encucada por ter andado a cavalo.
• Sauna e banheira de hidromassagem muito quente: Há indicações de que o aumento excessivo da temperatura do corpo esteja ligado a malformações no bebê. Além disso, sua pressão pode cair e você pode se sentir mal ou desmaiar.
• Abusar da corrida: Se você não corria antes de engravidar, este não é o momento de começar. Mas, se você é viciada em correr, pode continuar, desde que com moderação. A partir do segundo trimestre, quando aumenta o risco de queda, corra com mais cuidado. Leia nossas orientações para a prática de corrida na gravidez.
• Mergulho: Você não vai poder mergulhar durante a gestação. Atenha-se ao snorkel e fique na superfície. O perigo do mergulho é a formação de bolhas de ar no sangue, na subida, o que pode ser muito arriscado tanto para você quanto para o bebê.
• Surfe: Atividade vetada devido ao risco de queda e à possibilidade de traumas na barriga.
• Atividade física na altitude: Os médicos recomendam que as grávidas não façam atividade física a altitudes acima de 1.800 m, para que não falte oxigenação ao bebê. A cidade de maior altitude no Brasil não chega a isso: é Campos do Jordão (SP), com cerca de 1.600 m. Superam os 1.800 m cidades como Cidade do México, La Paz (Bolívia), Bogotá (Colômbia) e Cuzco (Peru), além de estações de esqui como Aspen (EUA), Las Leñas (Argentina), Valle Nevado (Chile) -- mas não Bariloche (Argentina) e Chillán (Chile), que são mais baixas.
O melhor mesmo é você pecar pelo excesso de cautela e adotar as atividades físicas mais seguras para a gravidez, como caminhada, pilates, ioga e hidroginástica. Mesmo que antes da gravidez você fosse muito ativa, se estiver com risco de parto prematuro ou restrição do crescimento fetal (quando o bebê não cresce à taxa normal), é preciso reduzir a atividade física no segundo e no terceiro trimestre.
Converse com o obstetra para chegar a uma rotina de condicionamento físico adequada para suas condições específicas e para o bebê.
Pare imediatamente de se exercitar e procure ajuda médica se tiver qualquer um dos seguintes sintomas:
•sangramento vaginal
• visão embaçada
• náusea
• tontura
• sensação de desmaio
• falta de ar
• palpitações
• aumento do inchaço nas mãos, pés e tornozelos
• forte dor no abdome ou no peito
• perda de líquido pela vagina
• mal-estar
• ameaça de parto prematuro
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