Com qual frequência deve ser trocado? Quem tem candidíase pode usar? Tire essas e outras dúvidas sobre absorventes
Com qual frequência deve ser trocado?
É importante trocá-lo a cada quatro horas. Ou até menos, se o seu fluxo for intenso e ele ficar muito carregado antes disso. O sangue é um veículo perfeito para a proliferação de bactérias, que podem provocar infecção. Além disso, segundo o ginecologista carioca Felipe Carvalho, em contato com o ar, esses microorganismos tendem a produzir odor forte, mesmo que o produto contenha algum tipo de desodorante. Melhor não arriscar.
Absorventes internos podem provocar choque tóxico?
Fique tranqüila com relação aos boatos que circulam na internet sobre o uso de dioxina nos absorventes internos. Essa substância é um resíduo derivado do branqueamento do algodão feito com gás cloro e está associada à síndrome do choque tóxico, que provoca febre forte e outros sintomas que podem levar à morte. Ela também aumentaria o sangramento durante o período menstrual (o que faria o produto vender mais). Segundo Maria Márcia Caldas, cientista do centro de pesquisa e tecnologia da Johnson & Johnson, essa etapa foi abolida do processo de fabricação há muitos anos.
Existe absorvente ecológico?
Nos Estados Unidos já existe uma alternativa aos tampões. É o DivaCup, que se parece com uma taça pequena, sem o pé. Sua utilização é bem parecida com a do absorvente interno. Outra modalidade, encontrada aqui mesmo no Brasil, é o aBiosorvente. Feito de flanela de algodão, ele é reutilizável e deve ser lavado após o uso.
Como sei o tamanho certo do tampão interno?
Escolha o que se adapta à quantidade do seu fluxo, não o que imagina ser ideal para seu peso ou altura. Usar um com poder de absorção maior do que o necessário pode provocar ressecamento da vagina e ferimentos na hora de retirá-lo. Na dúvida, fique com o pequeno e substitua-o ao perceber que precisa ou com quatro horas de uso. Jamais escolha um maior só porque deseja mudá-lo menos vezes.
Como checar se o tampão está no lugar correto?
Você terá certeza de que inseriu o tampão no lugar certo se não perceber que está usando. Isso porque as terminações nervosas da vagina ficam localizadas apenas no primeiro terço do canal, bem pertinho da entrada. Ele deve ficar posicionado no terço médio do canal, sem risco de bloquear o fluxo.
Posso transar com um absorvente lá dentro?
Melhor não. O pênis vai acabar empurrando o tampão ainda mais para dentro, o que poderá machucá-la. Portanto, mesmo que o rala-e-rola esteja quente, peça licença, vá ao banheiro e puxe a cordinha!
O que fazer se o barbante do tampão sumir?
Nada de desespero! Lave as mãos, fique de cócoras, lubrifique o polegar e o indicador e introduza-os na vagina. Isso ajudará a encontrar o danado com facilidade. Agora, se não conseguir, procure o médico.
A cobertura do absorvente é segura para a saúde?
Existem dois tipos de cobertura para o produto externo. Uma mais macia, com extrato de algodão; outra de polietileno, com textura de plástico. Segundo Alexander Froio, gerente de assuntos regulatórios da Procter & Gamble, nenhuma amostra do produto gerou indícios de alergia ou sensibilização durante os testes.
Quem tem candidíase pode usar tampão?
Como mulheres alérgicas são mais vulneráveis a infecção vaginal por fungos, os absorventes internos e os perfumados estão contra-indicados a elas.
Quando é melhor lançar mão do absorvente externo?
Prefira os externos se estiver com alguma infecção na pele perto da região genital. Assim, evitará ''carregá-la'' lá para dentro. E não se esqueça de lavar as mãos antes e depois de realizar a substituição para evitar contaminações por estafilococos, bactérias que sobrevivem facilmente nas mucosas e podem se multiplicar bem ali, na sua vagina. Se na hora de dormir o fluxo for intenso, lance mão do tipo ''noturno'', que é mais comprido e evita surpresas ao despertar. ''As abas também são ótimas para prevenir vazamentos'', explica Fernanda Bruzadin, cientista do centro de pesquisa e tecnologia da Johnson & Johnson.
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