O contraceptivo oral não só evita a gravidez indesejada como diminui os riscos de vários problemas, que vão de acne a cisto no ovário
Ao longo dos últimos 50 anos, a pílula anticoncepcional evoluiu da maneira que as mulheres sempre sonharam: manteve o principal benefício (99% de garantia contra gravidez não desejada) e reduziu seus efeitos colaterais.
E tem mais: segundo Afonso Nazário, chefe do Departamento de Ginecologia da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), hoje, os anticoncepcionais orais também ajudam a prevenir uma série de males, que vão desde espinhas no rosto a cistos no ovário. Isso porque atualmente elas têm dose hormonal dez vezes menor!
Já é possível também encontrar versões que combatem a tensão pré-menstrual e - viva! - diminuem o inchaço. Tudo isso sem alterar a libido. Bons motivos para comemorar, né?
O que mudou?
Os anticoncepcionais são produzidos, em sua maioria, com os hormônios estrogênio e progesterona sintéticos. O que muda entre as pílulas é a dosagem deles. Como cada uma recebe um nome comercial, muitas vezes, você encontra diferentes nomenclaturas para o mesmo princípio ativo.
Fora isso, os benefícios gerados pelas misturas hormonais mudam conforme a pessoa. Assim, antes de passar em uma farmácia, converse com seu ginecologista, para que ele avalie qual é a melhor pílula para você e indique como ela deve ser tomada.
1. Ameniza os sintomas da TPM
Pesquisas da Universidade Estadual de Campinas e do Centro de Pesquisa em Saúde Reprodutiva de Campinas revelam que 80% das mulheres sofrem ou já sofreram com a TPM. Pílulas com drospirenona ou anticoncepcionais de uso prolongado (aqueles que podem ser usados sem pausa para menstruar) são boas opções, já que possuem efeito diurético, evitando inchaço e dores no seio e ainda reduzem a irritação, a ansiedade, a melancolia e o nervosismo típicos desse período.
2. Combate a síndrome do ovário policístico
Frequente em mulheres em idade reprodutiva, a síndrome do ovário policístico (SOP) é um distúrbio que se manifesta de diversas formas, com irregularidade menstrual, acne, oleosidade excessiva da pele ou aparecimento de pelos grossos nas costas, glúteos e rosto. Anticoncepcionais com ciproterona em sua fórmula costumam ser os mais recomendados para esses casos.
3. Melhora pele e cabelo oleosos
Após três meses de uso, a maioria das pílulas melhora o aspecto da pele e do cabelo. Isso por causa de três tipos de hormônios sintéticos, de nomes difíceis, mas com benefícios certeiros: gestodeno, drospirenona e ciproterona. Eles regulam a oleosidade da pele e reduzem o surgimento de cravos e espinhas. Não bastasse isso, ainda têm efeito na textura do cabelo, tornando os fios sedosos.
4. Evita o inchaço e a retenção de líquidos
Contraceptivos que contêm uma substância chamada drospirenona podem combater duas das principais reclamações femininas: a retenção de líquidos e o inchaço, que se agravam principalmente durante a tensão pré-menstrual. Esse hormônio sintético faz com que o líquido não fique preso no organismo e o corpo não inche como de costume. Dessa forma, você se sente mais magrinha e nota até que a celulite fica mais discreta.
5. Diminui crises de dor de cabeça
Sentir o incômodo no período de adaptação à pílula, durante os primeiros três meses, é normal. Após esse tempo, se você estiver tomando o remédio certo, já poderá sentir um alívio nas dores de cabeça. Anote aí: os contraceptivos sem estrogênio, apenas com os hormônios progesterona levonorgestrel ou noretisterona, são os mais indicados. Mas, atenção: caso você já sofra de dores fortes e constantes na cabeça ou tenha diagnóstico de enxaqueca, procure um neurologista, pois nenhum contraceptivo oral fará milagre nesse caso.
6. Controla os vasinhos
Se suas pernas denunciam que você tem tendência ao problema ou se sua mãe já sofre com varizes e vasinhos nas pernas, o melhor é optar por um contraceptivo à base de um hormônio que interfira o mínimo possível no sistema vascular, caso das pílulas com levonorgestrel. Peça uma amostra grátis a seu ginecologista e teste.
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