Não, mulheres grávidas não podem cair na tentação de comer por dois, salvo em raríssimos casos em que há ordens médicas específicas, como em gestações de jovens com bem menos que 20 anos, que ainda estão em fase de crescimento.
Durante a gravidez, o corpo torna-se mais eficiente na absorção de nutrientes, por isso ao dobrar a quantidade de comida você não está aumentando as chances de ter um bebê saudável, e sim de ganhar peso excessivo e muitas vezes complicar desnecessariamente sua gravidez.
Se você já está com um bom peso, não há necessidade de calorias a mais no primeiro trimestre, e só de um pouco extra no segundo e no terceiro. Se, por um acaso, está acima ou abaixo do peso, precisará receber orientações do seu obstetra ou, quem sabe, de um nutricionista.
Quando bater aquela tentação de comer muito, lembre-se de que você está ingerindo a mais para um bebezinho bem pequeno, e não para outro adulto. Qualidade é muito mais importante do que quantidade!
Como faço para consumir os nutrientes de que preciso sem exagerar na comida?
Veja a seguir algumas sugestões para tirar o melhor proveito dos alimentos no decorrer da sua gravidez:
• Faça um prato variado a fim de consumir todas as proteínas, calorias, carboidratos, gorduras, vitaminas e minerais de que precisa. Mesmo dentro de uma mesma categoria alimentar (como verduras), procure cores, tipos e texturas diferentes.
• Tente diminuir a quantidade dos "extras" que contêm muitas calorias e poucos nutrientes, como refrigerantes, frituras, doces e salgadinhos. Na hora do lanchinho, escolha iogurtes, nozes e castanhas, frutas ou barrinhas de cereais para matar a fome de maneira saudável para você e o bebê.
• Privilegie alimentos na forma mais perto possível de seu estado natural: arroz e pães integrais, frutas frescas, sucos naturais, comida feita em casa etc.
• Tenha cuidado com gordura, óleo e açúcar. Confira nossas dicas para se alimentar bem mesmo em lanchonetes e fast foods.
Como é que o corpo aproveita os alimentos para minhas necessidades e para as do bebê?
Os pesquisadores ainda não sabem direito como ocorre essa divisão de nutrientes, mas sabem que as necessidades do bebê são atendidas pelo que você come e também pelos nutrientes que já estavam armazenados em seus ossos e tecidos antes mesmo da gravidez.
No passado, acreditava-se que o feto era uma espécie de "parasita perfeito" que retirava toda a sua nutrição da mãe, independentemente da boa ou má alimentação dela. Assim, se a dieta era pobre em cálcio, não importava para o bebê, que simplesmente usaria o mineral contido nas reservas dos ossos e dentes da mãe.
Hoje em dia, no entanto, os especialistas acham que é o próprio bebê que sofre se a alimentação da mãe não é adequada, fragilizando a saúde da criança pelo resto da vida.
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