quinta-feira, 6 de outubro de 2011

Sexo depois da chegada do bebê

Qual o momento certo de retomar a vida sexual? 
O momento ideal é aquele em que você e seu parceiro se sentirem prontos. Muitos médicos recomendam um período específico de abstinência, na maioria das vezes 40 dias ou seis semanas, o chamado "resguardo". Por outro lado, há quem defenda que vale a pena ter relações sexuais antes da consulta de 40 dias pós-parto com o ginecologista, pois assim já dá para falar com ele se tiver surgido alguma dificuldade. 

Há casais que retomam a vida sexual depois de um mês, enquanto outros chegam a esperar até um ano. A melhor regra é respeitar seu corpo e seus sentimentos e conversar bastante com seu parceiro para explicar o que se passa. 

Por que demorar tanto para voltar a ter relações sexuais? 
A relutância ou incerteza das mães quanto ao sexo pode decorrer de uma série de motivos, sendo o mais comum deles a dor, devido a uma episiotomia ou aos pontos da cesárea. Mesmo que não tenha havido lesão na área vaginal, a região pode ficar sensível por algum tempo. É recomendável esperar a recuperação de eventuais lacerações e a retirada de pontos antes de uma relação sexual com penetração. 

O cansaço é outro fator que não pode ser ignorado. Os cuidados 24 horas por dia com um recém-nascido são exaustivos, e a hora de deitar na cama acaba sendo o mágico momento de finalmente se desligar e dormir por algumas horas. A percepção quanto ao próprio corpo pode também ter mudado -- muitas mulheres dizem se sentir menos atraentes e com menor desejo sexual neste momento de suas vidas. 

E se meu parceiro quiser voltar à ativa e eu ainda não estiver preparada? 
Não é incomum que isso aconteça. A situação exige amor e compreensão das duas partes para que não se torne um problema maior. O primeiro passo é uma conversa franca sobre como cada um de vocês se sente. Seu parceiro pode acabar se sentindo rejeitado por sua falta de interesse em relação ao sexo, por isso é essencial que ele esteja ciente de tudo o que se passa física e emocionalmente com seu corpo. 

É prioritário que um casal tenha algum tempo a sós, já que palavras e carinho são excelentes formas de expressar afeição e proximidade. Quanto ao sexo, penetração não é tudo, e a estimulação sexual de outras formas pode ser muito prazerosa. 

Dicas práticas 
Confira algumas maneiras de manter a sexualidade presente na sua vida: 

• Lubrificantes à base de água podem ajudar na hora das relações sexuais quando a região genital ainda está sensível; eles também auxiliam no caso de a área estar menos lubrificada, algo que ocorre com muitas mulheres nessa fase devido às mudanças hormonais. 

• Uma relação sexual completa não é necessariamente essencial na primeira tentativa. Talvez seja mais fácil ficar só nas carícias e preliminares e aos poucos ir se reacostumando ao contato sexual. 

• No caso de sexo com penetração, procure escolher uma posição que não pressione demais a área em que ainda há sensibilidade ou incômodo. 

• Se o cansaço é seu maior problema, tente usar a hora da soneca do bebê para um momento de intimidade, em vez de a hora de dormir. 

• Pratique exercícios para o assoalho pélvico para tonificar os músculos da região vaginal, e procure algum tipo de exercício mais leve para ajudá-la a voltar à forma e levantar a auto-estima. 

• Coma bem e beba bastante água. Descanse sempre que puder. Os cuidados com um bebê exigem muito da mãe, e para ter a energia necessária para o sexo é preciso que você também cuide de si mesma. 

Há algo com que deva me preocupar? 
Se a penetração continuar dolorida depois de algum tempo, apesar de todos os cuidados, não deixe de conversar com seu ginecologista. Pode acontecer de a forma como os pontos de uma episiotomia serem dados pode provocar desconforto de longo prazo, mas a situação pode ser resolvida com um procedimento cirúrgico. Infecções podem causar secreção vaginal com odores mais fortes, o que requer cuidados médicos. E, se você ainda tiver algum tipo de sangramento quatro semanas após o parto, ou se houver aumento na perda de sangue, fale com o médico.


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