Quem nunca se sentiu atacada, julgada ou criticada sem razão por outra mulher? Quanto mais colecionamos conquistas, mais nós parecemos ter que enfrentar a barreira final: as outras mulheres
Pense em uma celebridade de quem você não gosta. Agora liste as razões para não ir com a cara dela. Algum motivo é racional (por exemplo, ser uma cantora desafinada ou péssima atriz)? Ou pensou que ela se veste mal, parece sem sal para estar com um homem, assim, tão gato (a Jessica Biel, Justin Timberlake, jura?) ou tem cara de metida? Pois é, precisamos admitir. Somos juradas muito cruéis de nós mesmas. "As mulheres sempre tiveram uma predisposição natural a competir entre si. Mas, quando começaram a se manter sozinhas, as disputas aumentaram e migraram para todas as áreas da vida", diz o psiquiatra Paulo Gaudencio, colunista de NOVA.
Este ano, a lista de mulheres no ranking de bilionários da Forbes é recorde. No Brasil, de cada dez famílias, em quatro são elas que têm o maior salário da casa. Nós chegamos lá - pode mandar um beijo imaginário para cada dona de casa do século passado que teve coragem de se jogar no mercado de trabalho. Desencanamos de competir por espaço com os homens, mas decidimos que temos um novo inimigo: as outras mulheres. Calma, você não é uma traidora da espécie se, lá no fundo, se sente um pouquinho em competição com sua melhor amiga. Em uma sociedade acostumada a comparações como a nossa, é difícil fugir do senso comum de que estamos concorrendo umas com as outras no estilo de vida, nos relacionamentos, no trabalho ou na beleza.
A defesa não é o melhor ataque
Quantas vezes uma amiga elogiou sua roupa e, meio no automático, você respondeu "Comprei na promoção"? Fazemos isso quase sempre, sem nem pensar. Agir assim nos livra da culpa ou - pior ainda - da inveja alheia.
"Com o elogio, a colega a coloca para cima e cria um desequilíbrio de poder", diz a americana Pat Heim, autora de In the Company of Women ("Na companhia das mulheres", em tradução livre). Ao contar que a blusinha não custou quase nada, você se deprecia um pouco para desfazer esse desnivelamento. Tira o foco de si e não entra em competições indesejadas.
Algumas mulheres, no entanto, aceitam ser "jogadas para cima" e, por causa disso, acabam criticadas. Tachadas de arrogantes, por exemplo ("Quem ela pensa que é?"). Mas o problema, nesse caso, não é excesso de confiança de quem é criticada, e sim falta de autoestima de quem critica. "Essa agressão de gênero geralmente nasce quando nos comparamos com outra e nos sentimos inferiores", afirma a escritora americana Kelly Vallen, autora de Twisted Sisterhood ("Irmandade desequilibrada", em tradução livre).
Julgamento final
Qualquer mulher que é diferente em algum aspecto (é muito bonita, muito inteligente, bem-sucedida ou tem roupas incríveis) vira alvo de julgamentos. Para que isso não atrapalhe sua vida, Kelly aconselha: "Melhor aprender a se amar como você é, e não se prender a comparações". Ou seja, aquela sua colega linda, magra e inteligente pode ou não ser chata ou ter chulé. E isso não significa que uma é melhor do que a outra.
Fortalecer a autoestima também é a saída quando é você quem sofre com ataques femininos - por exemplo, se alguma ex do seu namorado a persegue nas redes sociais ou a namorada de um cara com quem você nunca ficou enche seu inbox de xingamentos inúteis. Pensando bem, é muito triste ver que alguém gasta tanto tempo e energia desejando o mal de outras pessoas. Vida vazia, não? Em geral, esse tipo de bullying acaba quando você toma uma atitude (que tal chamar a oponente para uma conversa?) ou para de dar importância aos ataques.
Outro caminho é transformar qualquer competição em algo saudável. "Precisamos gostar de todas as mulheres do mundo só por sermos do mesmo gênero? Claro que não. Mas podemos tratá-las com dignidade, tolerância e carinho", afirma Kelly. Competições justas são ainda mais gratificantes. Uma faz a outra crescer, sem colocar ninguém para baixo.
Isso pode ser mais complicado se você já foi traída por uma mulher em quem confiava - aquela sua amiga do colégio que deu em cima do seu namorado ou uma colega de trabalho que apresentou um projeto seu como se fosse dela. Sim, as pessoas podem machucá-la - homens e mulheres. Mas nem toda amizade feminina é tóxica ou competitiva para o mal. Há qualidades únicas que você só encontra nas suas amigas. Elas vão entender você como ninguém e aceitar até suas loucuras. E ter boas companhias para uma tarde de compras ou uma sessão de comédia romântica é algo que melhora a vida de qualquer pessoa. NOVA garante!
Este ano, a lista de mulheres no ranking de bilionários da Forbes é recorde. No Brasil, de cada dez famílias, em quatro são elas que têm o maior salário da casa. Nós chegamos lá - pode mandar um beijo imaginário para cada dona de casa do século passado que teve coragem de se jogar no mercado de trabalho. Desencanamos de competir por espaço com os homens, mas decidimos que temos um novo inimigo: as outras mulheres. Calma, você não é uma traidora da espécie se, lá no fundo, se sente um pouquinho em competição com sua melhor amiga. Em uma sociedade acostumada a comparações como a nossa, é difícil fugir do senso comum de que estamos concorrendo umas com as outras no estilo de vida, nos relacionamentos, no trabalho ou na beleza.
A defesa não é o melhor ataque
Quantas vezes uma amiga elogiou sua roupa e, meio no automático, você respondeu "Comprei na promoção"? Fazemos isso quase sempre, sem nem pensar. Agir assim nos livra da culpa ou - pior ainda - da inveja alheia.
"Com o elogio, a colega a coloca para cima e cria um desequilíbrio de poder", diz a americana Pat Heim, autora de In the Company of Women ("Na companhia das mulheres", em tradução livre). Ao contar que a blusinha não custou quase nada, você se deprecia um pouco para desfazer esse desnivelamento. Tira o foco de si e não entra em competições indesejadas.
Algumas mulheres, no entanto, aceitam ser "jogadas para cima" e, por causa disso, acabam criticadas. Tachadas de arrogantes, por exemplo ("Quem ela pensa que é?"). Mas o problema, nesse caso, não é excesso de confiança de quem é criticada, e sim falta de autoestima de quem critica. "Essa agressão de gênero geralmente nasce quando nos comparamos com outra e nos sentimos inferiores", afirma a escritora americana Kelly Vallen, autora de Twisted Sisterhood ("Irmandade desequilibrada", em tradução livre).
Julgamento final
Qualquer mulher que é diferente em algum aspecto (é muito bonita, muito inteligente, bem-sucedida ou tem roupas incríveis) vira alvo de julgamentos. Para que isso não atrapalhe sua vida, Kelly aconselha: "Melhor aprender a se amar como você é, e não se prender a comparações". Ou seja, aquela sua colega linda, magra e inteligente pode ou não ser chata ou ter chulé. E isso não significa que uma é melhor do que a outra.
Fortalecer a autoestima também é a saída quando é você quem sofre com ataques femininos - por exemplo, se alguma ex do seu namorado a persegue nas redes sociais ou a namorada de um cara com quem você nunca ficou enche seu inbox de xingamentos inúteis. Pensando bem, é muito triste ver que alguém gasta tanto tempo e energia desejando o mal de outras pessoas. Vida vazia, não? Em geral, esse tipo de bullying acaba quando você toma uma atitude (que tal chamar a oponente para uma conversa?) ou para de dar importância aos ataques.
Outro caminho é transformar qualquer competição em algo saudável. "Precisamos gostar de todas as mulheres do mundo só por sermos do mesmo gênero? Claro que não. Mas podemos tratá-las com dignidade, tolerância e carinho", afirma Kelly. Competições justas são ainda mais gratificantes. Uma faz a outra crescer, sem colocar ninguém para baixo.
Isso pode ser mais complicado se você já foi traída por uma mulher em quem confiava - aquela sua amiga do colégio que deu em cima do seu namorado ou uma colega de trabalho que apresentou um projeto seu como se fosse dela. Sim, as pessoas podem machucá-la - homens e mulheres. Mas nem toda amizade feminina é tóxica ou competitiva para o mal. Há qualidades únicas que você só encontra nas suas amigas. Elas vão entender você como ninguém e aceitar até suas loucuras. E ter boas companhias para uma tarde de compras ou uma sessão de comédia romântica é algo que melhora a vida de qualquer pessoa. NOVA garante!
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